26 dezembro, 2006

Este Regime é um aborto!

Primeiro, quanto ao referendo. Já foi feito um, há pouco tempo, mas como o democrático resultado não agradou aos verdadeiros democratas, nada melhor do que fazer outro. E depois, durante quanto tempo terão validade os resultados desse? Será sempre possível fazer outro, utilizando um artifício formal, mais tarde, claro! E ainda outro e mais outro.
Segundo, quanto ao culto da irresponsabilidade. Se uma mulher engravida, tanto ela como o seu companheiro têm responsabilidade nessa gravidez, a não ser, claro, em caso de violação. O que fazer dessa responsabilidade? Pois o mesmo que neste regime se faz a todas as responsabilidades – nada. Assim, não há problema se o ministro é irresponsável, se o patrão é irresponsável, se o banqueiro é irresponsável, se o padre é irresponsável, se o jornalista é irresponsável e por aí fora. De quando em vez há uns sujeitos que parecem ser responsabilizados mas é só coreografia, a não ser que sejam pobres e então são vigorosamente reprimidos, para simulacro de honradez desta triste República.
Terceiro, quanto à filosófica discussão sobre se matar mata. Será que matar mata? Mata mesmo? Se uma mãe matar ou mandar matar o feto que transporta no seu ventre ela mata o filho que ainda não nasceu? Talvez só o desmoralize, ou talvez apenas mate o gato da vizinha!
Quarto, quanto à introdução do factor económico na justificação do homicídio. É caro ter um filho. Sem dúvida. É mais barato ter um cão (ele sempre nos leva a passear na rua). É mais barato ter um carro, uma TV, um microondas, etc. E não será caro manter os doentes, os gravemente deficientes e os idosos? Vamos abandoná-los nas montanhas ou atirá-los ao mar?
Quinto, quanto ao culto da ignorância. Que caminho leva a população portuguesa? Que futuro queremos? Hoje podemos estudar o nosso problema demográfico, avaliar das consequências das políticas de baixa natalidade, mas como nesse campo não há coelhos a tirar da cartola, pesa o silêncio e a ignorância.
Sexto, quanto à omissão do Estado. Os governantes deveriam proteger prioritariamente a família portuguesa. Deveria estar disponível, com qualidade, o apoio às mães jovens, solteiras, ou económica e socialmente carenciadas. Mas isso fica a cargo da sociedade civil, que este Estado tem outros interesses a proteger.
Sétimo, quanto à posse da Vida. Somos donos da Vida que em nós existe ou que em nós se gera? Por mim, respondo que não. Só Deus é o Criador. Só Ele a dá, só a Ele cabe retirá-la. E, já agora, não se brinca com Deus.

Ser mãe é um privilégio e cada criança que nasce é uma nova esperança para Portugal!

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24 dezembro, 2006

Boas Festas

A todos os leitores deste blogue que festejam estes dias o Natal, votos para que o celebrem da melhor forma possível!

06 dezembro, 2006

A «extrema-direita» Húngara

Para uma parte da comunicação social, qualquer cidadão que se amotine contra um emergente estado policial ou um governo socialista corrupto é um perigoso elemento de «extrema-direita». Um exemplo perfeito desta táctica é a forma como a RTP noticiou as manifestações em Budapeste contra o governo húngaro, no passado mês de Outubro (vídeo em baixo). Os húngaros tinham aproveitado o 50º aniversário da revolução contra a tirania comunista para protestarem contra o seu primeiro-ministro socialista, aquele que cometeu o “erro” de admitir ter mentido para ganhar as eleições (tivesse ele mantido calado e seguido o exemplo do seu congénere Sócrates e também estaria a viver um mar de rosas).

Curiosamente, nesta reportagem da RTP é demonstrado o uso excessivo e desproporcionado das forças policiais, que numa situação apontam as armas a um cidadão desarmado que tenta dialogar. É evidente também o nervosismo e a descoordenação de alguns agentes que aparentam ter pouco ou nenhum treino para estas situações, uma mistura explosiva que resulta em mais feridos e mais violência. Naquele aniversário da revolução os húngaros voltaram a sentir o sabor de um estado policial, enquanto a elite política fez a sua celebração privada (Cavaco Silva e Durão Barroso incluídos) tranquilamente a salvo da nova revolta, onde nem sequer se ouviram os gritos da população.

Mas eis que, num passo de mágica (ou, melhor dizendo, spin), a mesma reportagem transformou largos milhares de manifestantes húngaros em – passo a citar o jornalista da RTP –: «escassas centenas de elementos da extrema-direita, alguns deles pagos ao dia, que vêm para a rua manifestarem-se, e que mantêm acesa, com alguma dificuldade, a chama da contestação». É assim que os pobres húngaros enganados pela classe política são convertidos em «nazis». Ainda por cima «pagos aos dia» (!) – já agora por quem, e quanto? Até hoje a RTP nunca explicou… Será uma nova profissão?

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