10 julho, 2006

Desfraldei hoje a minha bandeira de Portugal

Esperei que a selecção nacional terminasse o seu excelente desempenho no Mundial para o fazer. É que para mim o amor a Portugal não pode ser confinado a competições desportivas. Bem ou mal, ganhe ou perca, faça sol ou chova granito: esta bandeira verde rubra é o símbolo moderno de um país com mais de 800 anos de existência – esse País, PORTUGAL, é também meu e faço saber que faço parte daqueles que não desistem dele, nem precisam que lhes digam para o amarem, num determinado momento, para noutro disfarçarem as inomináveis traições, as quais, aliás, nunca esqueceremos.

Portugal, esta “ideia a dormir a sesta”, da qual muitos receiem que venha a acordar, é dirigido por gentalha que odeia o simbolismo da bandeira e a letra do hino.

Paulatinamente vinha sendo veiculada a ideia de que se tratavam de símbolos desactualizados que importava rever à luz da ideologia dos vendilhões. (Tão estúpidos que são os inimigos internos de Portugal! Gostava de os ver cair nesse erro crasso.) Bastou a sugestão de um brasileiro com visão e a ideia correu como um rastilho incontrolável. O povo quase reinventou a bandeira, perdeu a vergonha em relação a este símbolo, que lhes vinha sendo inculcada, e muitos voltaram a aprender a letra do hino! O que mais uma vez prova que é no povo que reside a hipótese de salvação, e que é imperativo encontrar uma liderança. Os símbolos e os mitos fundacionais são poderosos e estão vivos no coração do povo.
A bandeira do meu país é tão grande que contém no seu centro o símbolo de todo o cosmos… apenas isso!

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