18 julho, 2006

Rumo ao Irão

Agora que Israel atacou e invadiu o Líbano (a foto é de Beirute), e enquanto se prepara para fazer o mesmo à Síria, as peças do puzzle no Médio Oriente começam a juntar-se. Escreve a Professora universitária Tanya Reinhart no media alternativo Information Clearing House:
«Qualquer que seja o destino do soldado cativo Gilad Shalit, a guerra do exército israelita em Gaza não é por causa dele. Tal como o antigo analista de assuntos de segurança Alex Fishman amplamente relatou, o exército estava a preparar-se para um ataque vários meses antes e a insistir constantemente nele, com o objectivo de destruir as infra-estruturas e o governo do Hamas. O exército iniciou a escalada a 8 de Junho quando assassinou Abu Samhadana, um dos homens-fortes desse governo, e intensificou os ataques a civis na Faixa de Gaza. A autorização governamental para uma acção em maior escala já tinha sido dada, mas foi adiada no seguimento da repercussão global causada pelo bombardeamento [de uma praia na faixa de Gaza, onde morreram civis e crianças] feito pela força aérea no dia seguinte. O rapto do soldado destravou o gatilho, e a operação começou a 28 de Junho com a destruição de infra-estruturas em Gaza e a detenção em massa da liderança do Hamas na Cisjordânia, que também foi planeada com semanas de antecedência.»
O facto de que a detenção de membros do governo palestiniano já estava arquitectada várias semanas antes do rapto do primeiro soldado israelita é confirmado por muitas fontes, incluindo o jornal israelita Haaretz:
«A detenção de deputados do Hamas nas primeiras horas da manhã de quinta-feira [29 de Junho] foi planeada há várias semanas atrás e foi aprovada por Mazuz [o Procurador-Geral do estado israelita] na quarta-feira [dia 28]. No mesmo dia, o director da Shin Bet [os serviços secretos internos israelitas] apresentou ao primeiro-ministro [israelita] Ehud Olmert a lista de representantes do Hamas a capturar.»
Ainda ontem Olmert voltou a insistir na existência de um «eixo do mal» composto pelo Irão e pela Síria. A Síria é constantemente ameaçada pelos líderes israelitas, que a acusam de «apoiar e alimentar actividades assassinas de organizações terroristas, tanto dentro das suas fronteiras como fora delas».
O presidente do Irão, Mahmud Ahmadinejad, já avisou várias vezes que: se o regime sionista atacar a Síria, isso será considerado como uma agressão a todo o mundo islâmico.

O jornal canadiano Toronto Star comentou o óbvio: o rapto de soldados israelitas e o actual ataque completamente desproporcionado contra o Líbano - a que possivelmente se seguirá a Síria - são o pretexto ideal para confrontar o Irão. Israel anseia realizar
o seu sonho de o atacar.

Por isso, quem estiver a pensar ir passar férias naquela parte do planeta, talvez seja boa ideia levar um protector solar de factor 2 000 000.
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